Há muita coisa que deveria ter sido feita, muita coisa que deveria ter sido dita. Mas é sempre assim, não é?
Quando as coisas passam e repensamos sobre elas é que nos apercebemos da quantidade de episódios que mudaríamos, a quantidade de palavras que não deveriam ter formado som. Mas nada muda, e o tempo não volta atrás.
Há dias em que preferia não te ver, despertas o pior de mim.
Sinto o coração a aquecer, com se labaredas de um fogo infernal o consumissem da raiva que te sinto. Sinto o estômago a revirar-se, não de borboletas, mas como se uma corda o aperta-se.
Lembro-me da quantidade de vezes que deveria ter batido o pé e não me ter deixado ser oprimida e quase rebaixada. Calei muitas vezes, vezes demais. Passou uma, passaram mil. Sempre engoli, para não arranjar mais problemas e discussões. E o resultado? Merda.
Depois de aceitar uma vez já não há volta a dar, as coisas vão voltar a repetir-se mesmo que julguemos que não. Sentirmo-nos marionetas, na mão de alguém e é das piores sensações. Isto é quase uma bola de neve, uma situação leva a outra e continua, e continua, e continua ... Ceder não é ter falta de personalidade, muitas das vezes é gostar demais da pessoa para ignorar, para deixar passar para não piorar situações. Não é ser fraco.
Numa relação, este tipo de atitude não funciona. Numa amizade, muito menos.