terça-feira, 25 de setembro de 2012

(A)Partes


Há momentos na nossa vida em que só desejamos que os ponteiros do relógio congelem, que as nuvens paralisem, que a rotação da terra pare. 
Que o bater do coração ecoe para lá do peito, que a carícia no rosto seja mais profunda, que os lábios não  se separem. Desejamos que a conversa se prolongue e que o sol não comece a nascer. Desejamos que as piadas não acabem, que as gargalhadas cheguem ao outro lado do oceano. Desejamos que a partida não se aproxime, que o abraço seja eterno, que os braços cresçam e conseguiam envolver todo o mundo. Desejamos que o olhar fale e que a boca veja. Que o cheiro sinta e que os sentidos ganhem magia. Desejamos que as palavras não saiam em som mas em memórias, que a terra abra sobre os pés e que voemos para lá do imaginário, bem alto. Que o infinito seja o limite daquilo que queremos e sentimos, desejamos saber as respostas todas do universo e as perguntas do ser. 
Ser, sentir, falar, amar, gostar, pensar, sorrir, abraçar, partilhar.



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