terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Diário de um divórcio # 3

Este fim-de-semana andei ausente aqui do blog. Do meu e dos vossos. Já estou actualizada de tudo, mas houve um pedaço do meu sábado que ainda está a remoer.

Foi uma escapadinha para fora de Lisboa, mas agridoce. Foi a primeira viagem sem o meu pai, desde que se divorciaram. 
Os meus avós maternos e paternos moram na mesma zona, 5 minutos a pé de uma casa para outra. Os maternos já sabiam o que se passava, com bastantes pormenores. Os paternos não - sabiam que os meus pais estavam chateados, mas achavam que era um arrufo. a minha mãe achou que bastava de omitir e Sabádo foi a noite de visitas. 
A minha avó já não vai para nova, é bastante exagerada nas doenças. Nunca nos demos muito bem, mas a verdade é que é minha avó. O meu avô estava muito sério, de poucas conversas, no cadeirão do costume. Aos bocadinhos fomos contando o que se passa, a minha mãe lá derramou umas lágrimas, a minha avó chorou um rio autêntico, o meu avô sério. Também para o disse no fim mas valia não ter dito nada.
Na altura nem me apercebi. Ele disse, e mais que uma vez, que se o casamento acabou não foi por "falta de amor" Algo grave teria acontecido. Ou a minha mãe ou o meu pai. Bem, achei que fossem discussões. Mas só depois percebi. ele estava a insinuar que haveria traições. Fiquei a ferver por dentro, furiosa. Lá porque em tempos ele foi um fraldisqueiro cá em casa não tinha de ser igual. Malditas mentalidades retrógadas.
E lá está, agridoce. Doce pelas saudades, Agre pelas mentalidades.


4 comentários:

  1. São mentalidades diferentes das de hoje. Temos de dar o desconto. Para os nossos avós é complicado aceitar que os casais se separem só porque o amor acabou, afinal, eles viveram uma vida inteira com a mesma pessoa, com ou sem amor.

    ResponderEliminar
  2. Eu sei que tens razão, na altura fiquei a matutar nisto. Secalhar se fosse noutra altura até percebia, mas como esta situação me toca bastante e ainda é muito recente reajo de outra forma.
    Eu sei que são mentalidades de outros tempos, ainda por cima não vivendo na cidade. E vou tentar dar o desconto ;)

    ResponderEliminar
  3. também detesto mentalidades retrógradas, mas como a Marta disse são mentalidades diferentes e educações diferentes! Dá desconto querida, alguma coisa, estou aqui :)
    beijinhos

    ResponderEliminar
  4. Eu fervo facilmente, e quando mete assuntos assim a puxar ao complicado .. aiai. Obrigada por todo o carinho e apoio Marta Cor de Rosa :p

    ResponderEliminar