sábado, 3 de março de 2012

Preconceito e Saltos Altos

Ontem foi dia de cinema - The Iron Lady.

Gostei. Não foi dos melhores filmes que já vi, nem lá perto. A Meryl Streep  mereceu ganhar um Óscar para melhor actriz?  Sem dúvida. Para melhor caracterização idem. Talvez a mudança constante entre o passado e presente de Margaret Thatcher tenha complicado o filme quando eu esperava que se desse mais importância à sua vida no passado. Mas a ideia foi boa.


No meio das mensagens do filme, o preconceito e o machismo sobressaíram. Apesar de estes conceitos serem facilmente perceptíveis, a mim ainda me tocaram mais porque o mesmo aconteceu comigo esta semana. Nunca fui do género de pessoa que está constatemente a referir os direitos das mulheres, nem sou de me  queixar das diferenças que há entre os os sexos. Mas claro, há coisas em que admito que dá jeito ser mulher e em que eu gosto de ser mulher. Apesar de não concordar com algumas das ideologias da personagem, há situações em que sinto orgulho - a força, a convicção, a assertividade, a confiança, a determinação. É uma inspiração, mas não em todos os sentidos. Quando ela repreende um dos seus acessores por erros ortográficos e má construção de um plano, mostra ser dura, exigente e não tolerar falhas. Por vezes sou assim, talvez não neste extremos. O certo é que quem me acompanhou ao cinema disseram sentir pela dele nessa altura mas eu entendi o lado dela.

Não me importo de não conseguir certos trabalhos ou certos estágios, mal de mim que ficasse aborrecida cada vez que não me ligam de volta da empresa ou que não me chamassem para ir a uma entrevista quando me candidato a propostas. A sério que só fico incomodada por isso acontecer por eu ser mulher. E não é drama nem 50% de exagero. O Marketing e a Comunicação está cheio de tubarões, é competitivo e agressivo mas isso excluiu uma mulher? Secalhar foi a falta de mulheres em cargos de chefia que deixou chegar a este ponto. Sei que sou bem mais eficiente e mais inteligente que muitos homens, e ao estudar e a fazer mil trabalhos por semestre mostrou-me que sei trabalhar em equipa sendo a única mulher em três homens, sobre pressão e ainda assim fazer o melhor possível. 



2 comentários:

  1. Não tenho vontade nenhuma de ver esse filme de tanta que estudei a Margaret thatcher...

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  2. Apesar de ter gostado da mensagem do filme, é muito morto, muito parado. A história é contada de forma muito monótona, portanto se já tens o trauma de a teres estudado acho que não é um filme que te recomende ;)

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