quarta-feira, 18 de abril de 2012

Friends will be Friends?

Há pessoas que nos marcam, com quem criamos ligações que por momentos achamos indestrutíveis. Já me aconteceu várias vezes e houve uma destas ligações que perdeu a força.
Quando entrei para a faculdade criei amizades que soube instintivamente que iriam durar por muito tempo, que eram boas amizades. Não mudo de opinião, continuo com a certeza de que alguns dos meus colegas agora são amigos e que vão continuar a acompanhar-me na minha vida pessoal, e não só na profissional. 
Desde os primeiros dias que houve uma ligação, erámos parecidas fisicamente mas também psicologicamente. Fazíamos trabalhos de grupo juntas, sentávamo-nos perto nas aulas, conversávamos entre intervalos, havia cumplicidade. Começamos a ir dar umas voltas à noite juntas, com grandes festas, com jantares e almoços, dormidas, muitos banhos de sol, só coisas boas. O tempo passou e mantivemo-nos próximas. 


Algumas coisas mudaram, comecei a fazer trabalhos com outras pessoas, com quem me identificava e enquadrava academicamente - que também se tornaram amigos. Houve uma troca de grupos e começou o arrasto do afastamento - pode falar-se em três fases, a começar pelos trabalhos. Adiante. Como nos dávamos tão bem é normal que começássemos a conhecer os amigos mais próximos, fora da faculdade. Conheci um deles, interessei-me, tivemos uma paixoneta de meio mês, acabámos. Portanto, é uma situação complicada, ela fica dividida - eu e ele. Admito que ela foi impecável nisto, não tomou partidos e apoiou os dois. Era Verão, ela passava muito tempo com ele e estarmos juntos era má ideia, sendo aqui que surge o segundo arrasto do afastamento. O Verão passou, afastamo-nos e eu conheci o meu actual namorado. Voltamos a faculdade e o cilma era estranho, apesar de falarmos bem. A nossa turma era unida e isso era um ponto a nosso favor ... até que se deu um crash. Houve uma discussão entre duas das meninas e o resultado foi a divisão da turma, onde inevitavelmente se tomaram partidos. Aqui foi o terceiro arrasto do afastamento, é o final. O tempo passou, falávamos o essencial e pouco mais. Em qualquer turma há intrigas e as da minha começam aqui. Surge o "disse-que-não-disse", o falar nas costas, o cinísmo ... Há uns dias houve mais um problema, e eu nem me apercebi bem. Mas às vezes há situações que devem ser remendadas, ela veio falar comigo e resolve-mos tudo. Falámos, falámos e falámos, acabámos as duas a chorar - aqui é de salientar que ela não chora facilmente. Resolvemos as tuas coisas e  agora a nossa relação está a voltar ao sítio de onde não devia ter saído - mas a pressa é inimiga da perfeição portanto vamos com calma.

2 comentários:

  1. a conversa é sempre a melhor solução para essas coisas! também tenho uma turma unida, espero muito sinceramente que não se afaste!
    beijinhos

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    1. O pior é quando nem a conversa chega. Eu sempre achei que a turma ia ficar unida mas os anos passam e as coisas mudam. A minha turma era pequena e foi aumentando, isso acabou por agitar as coisas. Espero que tudo se resolva, principalmente agora que vem aí a semana académica, o enterro do caloiro e as serenatas - que serão as ultimas da minha licenciatura ...

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